Reflexões

01/08/2018

O DESAFIO DE SER PAI COM P MAIÚSCULO!

 

Três modelos de pais. Que tipo de pai você quer ser?

O PADRÃO FAMILIAR

Com a criação de Adão e depois de Eva, Deus mostrou seu grande e fabuloso plano: de um só homem e de uma mulher, dele formada, dar início a toda a raça humana. A união de um homem e uma mulher é que faz surgir bebês, que vão crescendo e, ao tornarem-se homens e mulheres adultos, também encontram seus pares para que então mais bebês sejam formados.

O modelo familiar, que é padrão e não deixa dúvidas, é que “deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gênesis 2:24). Qualquer relacionamento que foge deste padrão está completamente errado e é pecaminoso no mais completo sentido da palavra pecado, ou seja, “erra o alvo”.

Hoje existem bilhões de pessoas em todo o mundo, mas tudo começou com apenas um casal. Isto é realmente maravilhoso!

No plano de Deus ficou muito claro que o homem seria pai e a mulher seria mãe. Nunca, jamais, em tempo algum será possível nascer uma criança sem que ela tenha um pai e uma mãe. Um dos maiores equívocos que uma criança, um adolescente, um jovem, um homem, uma mulher ou uma pessoa idosa pode cometer é querer ser homem, se nasceu mulher, ou desejar ser mulher, se nasceu homem. Nunca um homem conseguirá conceber um bebê em seu ventre e nunca uma mulher conseguirá produzir um sêmen para gerar um bebê.

SAIR DO PADRÃO É ANORMALIDADE

Hoje se apregoa, como se fosse algo natural e correto, o casamento de homem com homem ou de mulher com mulher. Isto não é bom! Imagine só por um instante o que aconteceria com a civilização se aquilo que é uma anormalidade se tornasse o normal; se todo homem ficasse com outro homem e toda mulher com outra mulher. Seria o suicídio coletivo da raça humana.

Tanto o homem como a mulher têm um dever claro e maravilhoso que é o de amarem um ao outro, ser amados pelo seu parceiro e juntos terem filhos. Prefiro usar a palavra filhos no plural, porque quando um povo começa a ter filho no singular este povo não subsistirá muito tempo; isto já está ocorrendo em algumas nações onde o índice de natalidade está abaixo de dois filhos por casal. A situação de alguns países é dramática.

E quando os filhos chegam, tanto o pai como a mãe têm um papel definido a desempenhar a fim de que seus filhos se desenvolvam de maneira saudável.

A mãe, que gera o filho dentro de si, alimentando-o durante nove meses, continua sendo a que amamenta o seu bebê. Esta ligação tão profunda da mãe com o filho vai permanecer por toda a vida. As mães são sempre lembradas pelo seu carinho, amor, dedicação e trabalho duro em favor de seus filhos.

O pai, por sua vez, procura sempre garantir tudo o que é necessário para o desenvolvimento de seus filhos. Serão anos de trabalho para que seus filhos tenham todas as condições de se tornar gente, como gente tem que ser, quando ficarem adultos.

No mês de agosto comemora-se o Dia dos Pais. Chamo sua atenção para a vida destes três pais apresentados na Bíblia: Abraão, Manoá e Eli.

ABRAÃO

Deus chamou Abraão para, por meio dele, começar um novo povo. Da descendência de Abraão ia nascer um dia um filho, Jesus, o Salvador do mundo, o “descendente da mulher”, que iria esmagar a cabeça de Satanás.

Deus fez promessas de suma importância para Abraão. Numa determinada ocasião, o Senhor fez uma declaração a respeito de Abraão que resume perfeitamente as funções de um pai. A declaração foi esta: “Ocultarei a Abraão o que estou para fazer, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nesse serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito” (Gênesis 18:17-19). Como fica claro neste texto o papel de um pai!

Podemos considerar que Abraão exerceu o seu ofício de pai em três dimensões:

1. Padrão – Ele se tornou um padrão para Isaque e para todos os seus descendentes; inclusive para os crentes em Cristo, sendo chamado de pai da fé em Romanos 3:16-18.

2. Amigo – Ele era um amigo para Isaque. Como é maravilhoso observar o grau de confiança de Isaque em seu pai, caminhando três dias ao seu lado rumo ao Monte Moriá, onde Isaque chegou a ser colocado no altar para ser imolado (veja Gênesis 22). Anos mais tarde, Abraão enviou o seu principal servo para procurar e trazer uma esposa para o filho. Realmente foi um grande amigo de seu filho.

3. Influenciador – Destaca-se em todo o relato bíblico o fato de que Deus é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Que preciosa e poderosa influência! Quando lemos a história de Isaque verificamos que ele andou nos mesmos passos de seu pai, em várias ocasiões.

MANOÁ

Manoá foi o pai de Sansão, um dos juízes de Israel. Pensando no seu papel de pai, observamos também três dimensões:

1. Preocupado – O anjo do Senhor trouxe a Manoá a notícia de que a sua mulher, que era estéril, havia de dar à luz um filho. Então, o anjo ouviu de Manoá uma pergunta muita significativa: “Qual será o modo de viver do menino?” (Juízes 13:12). Esta preocupação em dar uma sólida formação ao filho, para que viesse a ter um modo de viver digno e honrado, é marcante.

2. Alerta – Pais que desejam ver os seus filhos bem formados estão conscientes dos perigos que os rondam e precisam estar alertas para que eles não recebam as influências daninhas do meio que os cerca, tais como: música, televisão, literatura, ensino, internet, jogos etc. Muitos perigos rodeariam Sansão e Manoá fez, então, esta pergunta: “O que devemos fazer ao menino que há de nascer?” (Juízes 13:8). Manoá é um exemplo de pai que não queria errar.

3. Interessado – Assim que Manoá recebeu a notícia de que sua mulher teria um filho, mostrou-se totalmente interessado. Ele orou ao Senhor. Ele suplicou a direção e o ensino do Senhor para exercer o seu papel de pai. Ele ofereceu ao Senhor um sacrifício que foi totalmente consumido, a ponto de Manoá dizer a sua mulher: “Certamente, morreremos por que vimos a Deus” (Juízes 13:22). Ele seguiu as recomendações do Senhor, não permitindo que seu filho tivesse o cabelo cortado, nem que bebesse bebida forte e nem que tocasse coisa imunda. Foi um pai interessado no filho.

ELI

O terceiro pai a ser considerado era sacerdote na época dos juízes. Ele mesmo foi também um juiz. Vemos neste pai três características:

1. Preguiçoso – É muito significativo encontrar algumas vezes a informação que Eli estava assentado numa cadeira (1 Samuel 1:9 e 4:13). Em 1 Samuel 3:2 lemos que Eli estava “deitado no lugar costumado”. Talvez por isto não percebesse o que os seus filhos faziam. Ele só ficava sabendo por ouvir de terceiros, como lemos em 1 Samuel 2:22: “… e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel” . Ele não se mostrou atuante na criação de seus filhos.

2. Ausente – Pode ser até que, por estar tão envolvido com a sua atividade, não tivesse tempo para participar na formação de seus filhos, os quais “não se importavam com o Senhor” (1 Samuel 2:12) e “desprezavam a oferta do Senhor” (1 Samuel 2:17). Em certa ocasião Eli chegou a repreendê-los, mas eles não deram ouvidos à voz de seu pai (1 Samuel 2:25). Eli não se mostrou presente na criação de seus filhos.

3. Irresponsável – Eli recebeu a visita de um homem de Deus alertando-o sobre uma atitude irresponsável, que era a de honrar mais os seus filhos do que a Deus (1 Samuel 2:29). Também foi avisado que viria o juízo de Deus sobre toda a sua casa. Aparentemente, Eli não tomou nenhuma atitude. Mais tarde, Samuel, que estava servindo ao sacerdote Eli, recebeu a mensagem do Senhor de que este julgamento viria sobre a casa de Eli “pela iniquidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele não os repreendeu” (1 Samuel 3:13). Novamente ficou demonstrada a irresponsabilidade de Eli.

QUE TIPO DE PAI VOCÊ QUER SER?

Um pai do tipo Abraão?
P adrão
A migo
nfluenciador

Um pai do tipo Manoá?
P reocupado
A lerta
I nteressado

Um pai do tipo Eli?
P reguiçoso
A usente
I rresponsável

O DESAFIO DE SER PAI COM P MAIÚSCULO!

Em nossa época existem muitos homens com h minúsculo e muitos pais com p minúsculo. Que tragédia! Muitas crianças estão sem referência masculina legítima. Pais preguiçosos, ausentes e irresponsáveis se tornam uma grande desgraça, como foi Eli para si mesmo e para seus filhos.

O último parágrafo do Antigo Testamento diz o seguinte: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição” (Malaquias 4:5, 6).

O mesmo Espírito que atuou por meio do profeta Elias está atuando hoje e pode, de fato, inclinar o coração dos pais aos filhos e levantar Homens com H maiúsculo e Pais com P maiúsculo, de maneira que cada um deles seja um Padrão, um Amigo, um Influenciador dos filhos e se mostrem Preocupados, Alertas e Interessados para que seus filhos sejam servos fiéis do Deus Eterno e Verdadeiro.

Feliz Dia dos Pais!

Gilberto Celeti
Superintendente Nacional da APEC/Brasil

Esta reflexão foi publicada na revista “O EVANGELISTA DE CRIANÇAS” de julho/agosto/setembro-2015

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