Reflexões

09/05/2020

FELIZ DIA DAS MÃES

A MÃE DE REIS E POVOS

A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém Sara.
Abençoá-la-ei e dela te darei um filho; sim, eu a abençoarei,
e ela se tornará nações;
reis de povos procederão dela.

(Gênesis 17:15-16).

Aos olhos de Deus, há algo especial em Sara, esposa de Abraão, patriarca hebreu. Ao trocar o seu nome de Sarai (a que contende), para Sara (a princesa), Deus lhe possibilitou, igualmente, gerar um filho (algo impensável para uma mulher idosa e estéril), afirmando ainda que ela se multiplicaria em nações; e reis de povos procederiam dela. A princesa se tornaria a mãe de Israel e de algumas dinastias da terra. Que palavras insondáveis e gloriosas para a mulher que foi “apenas” mãe!

Quando Sara entra na história bíblica já é casada com Abraão e os dois estão deixando a Caldeia e se deslocando para Canaã. Eles formavam um casal da “melhor idade”. O patriarca estava com 75 anos e Sara com 65. Embora casados, não tinham filhos. Mas esta condição vai mudar. Diz o livro de Hebreus 11:11: Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa. A promessa feita por Deus está no versículo citado acima.

De fato, ela necessitava de um poder sobrenatural para ser mãe, pois além de estéril, já contava com 90 anos quando teve Isaque. Desse modo, o nascimento do filho era uma demonstração do poder de Deus de fazer o impossível. Não é à toa que se tornou, como diz o salmista, uma alegre mãe de filho (Salmo 113:9). E disse Sara: Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo (Gênesis 21:6). Confirmando sua alegria, chamou seu filho Isaque, que quer dizer riso.

É instrutivo vê-la reagir de modo positivo à maternidade. Em nossos dias, nem toda mãe está alegre com sua condição. Algumas estão tristes, frustradas e desapontadas com os filhos, vendo neles um fardo pesado, uma trabalheira sem fim, muito cansaço, um impedimento à carreira acadêmica ou profissional ou à liberdade de sair ou divertir-se longe de casa. Por essas e outras razões, chegam a maltratar ou rejeitar os filhos. É pena que certas mães não vejam os filhos como herança do Senhor (Salmo 127:3).

Sara foi uma mãe zelosa e atenta às necessidades do filho, não hesitando em defendê-lo, como aconteceu durante a festa em que Isaque foi desmamado. Quando viu Ismael caçoando de Isaque (hoje chamamos isso de bullying), tão indignada ficou que expulsou o menino e sua mãe de casa (Gênesis 21:10). Aos olhos de Abraão, a decisão pereceu radical. Mas Deus ordenou que Ele fizesse exatamente isso. Disse: Atende a Sara em tudo o que ela te disser (Gênesis 21:12).

O episódio mostra o cuidado e o zelo de uma mulher sensível à vontade de Deus. Deus confirmou e aprovou a decisão dela, porque ser mãe inclui: orientar, proteger e defender os filhos, especialmente nos dias em que vivemos.
Sara gerou um filho para a liberdade (Gálatas 3:2). Isaque se tornou um grande homem e continuador dos planos de Deus para a família. Nem todas as mães desfrutam dessa bênção. Muitas criam filhos para a cracolândia, marginalidade, prostituição, violência, prisões… se tornando a tristeza das mães. Como diz Provérbios 17:25: O filho insensato é a tristeza para seu pai e a amargura para quem o deu à luz.

Sara foi um sucesso como mãe e como crente. Tendo andado pela fé, tornou-se ainda a mãe de todas as mulheres cristãs. Como diz Pedro: Como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma (1 Pedro 3:6). Cabe, portanto, às mães e filhos imitarem a conduta e o bom exemplo de Sara, a princesa que se tornou a mãe de reis e povos!

FELIZ DIA DAS MÃES!

Pr. Antonio Paulo de Oliveira (In Memória)

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