Reflexões

28/08/2019

CONSTRUTORES DE MUROS – 6

Continuamos a considerar as pedras que devem ser bem colocadas no MURO de proteção para a nova geração:

6ª. Pedra – DEUS QUER QUE NOS CONTENTEMOS COM O QUE TEMOS.

Esta última pedra, considerando os Dez Mandamentos que precisam ser bem ensinados para as nossas crianças, tem este conceito: Deus quer que nos contentemos com o que temos. Tal verdade fica patente nos oitavo e décimo mandamentos (Dt 5.19, 21):
8. Não furtarás.

10. Não cobiçarás a mulher do teu próximo. Não desejarás a casa do teu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

Como estão desmoronados os muros da integridade. A palavra que mais se ouve cada dia é “corrupção”. O roubo é algo bastante comum. Às vezes, o roubo é de coisas pequenas, como canetas ou borrachas; às vezes, é de coisas caras, como celulares ou carros. Outras vezes, o roubo é escandaloso, como os noticiados pela mídia a cada dia, com roubos bilionários de instituições até do governo. Roubar é quebrar o mandamento de Deus.

Deus quer que cada um seja grato por todas as coisas boas que ele tem dado. Não há necessidade de roubar e muito menos de cobiçar. Cobiçar é desejar de todo o coração ter algo que alguém tem, é ter inveja de uma pessoa, desejando ter o que ela tem. A cobiça pode levar ao roubo.

Pode até acontecer que uma pessoa não roube algo de fato, mas quebre o mandamento de Deus por ter pensamentos cobiçosos, desejando coisas, pois não está satisfeito com o que Deus lhe dá.

Claro que não há problema nenhum em querer coisas boas, mas Deus não quer que continuamente desejemos e desejemos ter mais e mais coisas. Também não é errado desejar obter coisas melhores, mas é errado ter inveja das pessoas que têm coisas melhores que nós. É claro que podemos gostar de alguma coisa que pertence a alguém, mas não podemos nos sentir infelizes, ciumentos e invejosos pelo fato de não possuirmos tudo o que desejamos.

É difícil não quebrar o mandamento de Deus que diz para não cobiçarmos. As propagandas que vemos todos os dias dizem que só podemos ser felizes se tivermos o que nos oferecem. As propagandas querem trazer mais e mais dinheiros para os anunciantes, que dizem: “Compre um carro maior!”, “Você precisa de um celular mais atualizado!”, “Passe férias maravilhosas na Grécia!” e “Troque os móveis da sua sala de jantar!”. Geralmente, as pessoas não precisam destas coisas, mas ficam cobiçando-as. É preciso fazer estas perguntas:
• Esta propaganda me leva a ficar descontente com todas as coisas boas que Deus tem me dado?
• Esta propaganda me leva a ficar com inveja dos outros e a ser ganancioso?
Se o anúncio tenta você a cobiçar, pare de assistir a ele ou, enquanto assiste a ele, pense em todas as coisas boas que Deus tem dado a você.

INCULCANDO NAS CRIANÇAS OS ABSOLUTOS DE DEUS

Este ensino sobre os Dez Mandamentos para crianças é muito importante, porque elas vivem em um tempo no qual muitas pessoas rejeitam os absolutos em relação a certo e errado. Essas pessoas consideram que o que é moralmente certo e bom para uma pessoa pode ser errado e ruim para outra; o que é aceitável e certo em uma cultura ou em um tempo pode ser errado em outro cenário ou em outra cultura. De fato, manter padrões morais absolutos não “está na moda”, ainda que seja isso que a Bíblia claramente ensine.

Coloque estas pedras na construção dos muros, procurando ensinar e aplicar os Dez Mandamentos ao nível da criança, mas, ao mesmo tempo, buscando ajudá-la a pensar no futuro – quando ela estiver crescida. Por exemplo, ao falar sobre o sexto mandamento – “Não matarás”, mencione brevemente sobre aborto, eutanásia e suicídio.

Quando ensinar sobre o décimo mandamento – “Não cobiçarás”, mostre o perigo do consumismo, veiculado por meio de propagandas. Se nós, os filhos de Deus, não ensinarmos os princípios morais bíblicos para as crianças, o mundo encherá a vida delas com valores falsos.

Nossos filhos podem ter amigos na escola, cujas mães tenham feito um aborto. Eles também convivem com amigos, cujos lares estão divididos por causa de divórcio. Talvez dentro da própria família eles convivam com esses problemas. Temos que tratar desses assuntos com muita oração e sensibilidade.

Voltemos à afirmação de Lutero: “Ninguém deveria tornar-se pai a menos que seja capaz de instruir os seus filhos nos Dez Mandamentos e nos Evangelhos, e que, antes de tudo, deseje que os seus filhos sejam instruídos nas realidades espirituais”. É imperioso também que sejamos capazes de instruir nos Evangelhos.

Vale a pena lembrar das palavras de Paulo registradas em Gálatas 3.24: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”. Nossas crianças, sendo bem instruídas nos Dez Mandamentos, perceberão, pelo toque do Espírito Santo que convence do pecado, a sua necessidade de irem a Jesus Cristo, recebendo-o como seu Senhor e Salvador. Este será o tema do próximo número.

É assim que podemos ser construtores de muros.

Gilberto Celeti
(continua no próximo número…)

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